segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Diário de Bordo: Relatório sobre minhas muitas viagens nesse mundinho de Deus.

Textos referentes as minhas experiências e pensamentos aleatórios.
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Episódio de hoje: Eu sou do mal!

Da última vez que visitei o Vaticano acabei comprando um crucifixo todo moderno, paguei um preço justo por tal relíquia, made in Taiwan, e tem mais, ele muda de cor de acordo com o temperamento de nosso senhor.
No momento ele me parece estressado. Bastante estressado.

É, às vezes eu penso, se Deus envelhecesse, estaria transando.
Pois é.


Na foto:
Sid Vicious, ícone do non sense, da malvadeza e porra-louquice pra mim.
Queria o que, o Marilyn Manson?

Nota de rodapé:
Este texto não deve ser levado a sério.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Insônia.


Houve um tempo em que pensei ter o controle de tudo, as rédeas do destino em minhas mãos. Só cabia a mim mesmo guiar essa cavalaria.
Em trovas costumo contar minhas histórias e estórias, numa dessas trovas gostaria de contar a história(Ou estória, assim como você preferir, acreditar no que quiser é sempre preferível.) de como perdi a minha fé.
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Eram 23: 40, logo os sinos do relógio da Igreja que fica próxima à minha casa irião badalar e assim decretar o fim de mais um dia.
No momento o meu único problema era conseguir pregar os olhos, bom, se não o único, ao menos momentaneamente se fazia parecer o maior de todos.
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Da cama ou nas várias caminhadas que fazia rumo a geladeira, pra ir ao banheiro ou tomar mais uma xicará transbordando aquele café repleto de açúcar, eu podia observar bem o acumulo de contas sobre a mesa.
O mês mal começava, e eu mal sustentava os meus vícios.
Às vezes decidia não me importar. Ao menos fingia...
E afinal, quem era o senhor de minha miséria?
Eu mesmo, senhor de minha própria miséria.
Não conseguia pensar dessa maneira, tsc, tsc...
E aliás, enxergava um charme em tudo. A vida nos pregava peças pra que ela parecesse divertida ou que se parecesse no mínimo interessante ser e existir. Ah, o jogo da vida.
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Também poderia focalizar em minha mente vestígios da adolescência, o corpo trêmulo, as mãos suando presas as mãos frias dela.
Os gramados verdes sob nossos corpos e as estrelas que pareciam desejar cair à qualquer momento sobre nós.
Contávamos estrelas, e contávamos pra elas nossos segredos, somente as estrelas conheciam nossas promessas, sonhos e anseios.
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Enquanto isso ela se toca em seu apartamento.
E passavam por todos os cantos, em sua mente, mesa, cama e até no banho, vários corpos e nunca nenhum deles foi ou será o meu...
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Volto ao meu quarto, fecho a janela.
Já se passaram das quatro.
Nessa trova, ouço a trovoada.
Agora é o céu negro que ameaça despencar.
Tudo parece ser excesso demais.
Esse abandono, a desistência de nossos planos, os inúmeros sonhos...
E os segredos, com quem ficou?
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E por isso, hoje, eu detesto todas as estrelas!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Vale a pena (vi)ver de novo!?


Explosions in the Sky


Canções sobre passado, presente, sobre nosso futuro e o mofo.
Um ato improvisado entre julho e os seus dias.
Um momento de sonho acordado, e quando dei por mim, acordei e já era agosto.
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Um rompante sobre vida e morte, sua saliva doce e o meu escarro, um som sobre seu cheiro doce, porém, ao mesmo tempo azedo, o aroma ideal. Excitação! O mundo explode dentro de mim, e também por mim já estaria devastado lá fora.
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Talvez seja cedo, pra você vir sem demora, talvez tarde.
E demora demais pra notar que você não vive o meu 'agora'.
Canções sobre ausência. Alguma tolice qualquer sobre fraqueza e saudade.
Alguma tolice mal escrita.
Tolice que não deveria ser contada.

sábado, 28 de julho de 2007

"Morte, O Preço da Vida."

Clique na imagem pra que possa vê-la em seu tamanho original.

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"Em minha fria morada debaixo do mundo,
Eu me perguntava o que você estava fazendo essa noite.
Tem vermes dentro dos meus olhos e meus ossos estão ficando secos,
Mas ainda amo você, querida."

"Eu te escrevi uma carta no dia em que pedi a conta da vida.
Disse que te machuquei porque te amava."

"As estações se foram e os anos se passaram, mas as trevas prosseguiram.
Feche os olhos. Eu vou te beijar."

"De manhã, já terei ido."

Foxglove.

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PS.:
Primeira postagem totalmente não autoral.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Veículo invísivel, abstrato, assim como deve ser amor.

Sobre as palavras:
Milhões de vozes, minha cabeça explodindo.



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Veículo invisível, abstrato, assim como deve ser amor.

É impressionante como o veículo "internet" pode te mistificar, te transformar em fênix ou até mesmo em um felino preto possuidor de sete vidas.
Morre uma faceta sua, tudo bem, você tem mais seis pra oferecer, você pode se tornar praticamente imortal, não é? Mas por vezes longínquo demais de uma vida material.
A sinceridade é um sentimento presente neste meio? Ou somos todos personagens tão traiçoeiros como os gatos*(Pretos ou não.)?
São tantas perguntas sem respostas, ao menos eu não ousaria matutar sobre elas. Sem respostas conseqüentemente surgem as dúvidas, e das muitas dúvidas você pode vir à se tornar cheio, cheio como um balão vermelho(Ou alguma outra cor de sua preferência.), subir, subir e subir, até alcançar o seu limite, o qual você não pode ultrapassar, aí você estoura, desaparece sem deixar notícias, nem mesmo vestígios.
É, amigos, talvez estejamos cada vez mais invisíveis, talvez isso não seja tão bom, mas e se não for tão ruim?
Nesse mundo abstrato a minha solução é abstrair-se do concreto. Mesmo que seja por alguns poucos minutos.
E a sua solução, qual é?

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*Não considero gatos nem um pouco traiçoeiros, aliás, sempre possui um como animal de estimação. Tão fofos e um tanto inteligentes. É muito bom o fato de você ter que cativar a confiança deles. Ao menos pra mim, são os melhores amigos do homem.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Sobre escrever.


Por muitas vezes me encontro saindo de casa com um enorme estoque de palavras, as mãos irratadiças, e então... Por muitas vezes não as escrevo.
Hoje poderia ser um dia desses.







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Um Conto sobre "Futuro"


Eu nunca entendi bem o porque de me encontrar sempre com aquele velho na padaria, lendo o jornal e com a barba branca por fazer.
Tanta gente sem nome, tanta criança que passa fome, e já ouvi dizer que da padaria ele não sai, ao menos pela manhã. Totalmente despreocupado com o mundo à sua volta.
Nas manhãs, seus capuccinos, cigarros e a tosse* constante causando nojo em muita gente.
Durante a tarde deve se encontrar no bar da esquina, uma ou outra besteira qualquer que contenha álcool, mais cigarros, algumas cervejas, um consumidor nato, justificava ele que da padaria ou até mesmo da esquina conseguia ver a vida acontecer, observar, observar, observar...

Até hoje demorei pra entender, porém, nesse instante consigo enxergar, aquele velho poderia ser eu mesmo quando envelhecesse. Poderia ser...

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*"Tosse-

A tosse é um reflexo natural do aparelho respiratório que surge como conseqüência de um processo irritativo.
Tossir é sintoma presente em muitas doenças: do resfriado comum ao câncer de pulmão. Embora poucos saibam, sinusite, por exemplo, é causa freqüente de tosse, principalmente em crianças.
Em muitos aspectos, o reflexo natural da tosse é benéfico: ajuda a expulsar secreção ou corpos estranhos.

O fumo é a principal causa de tosse, pelas seguintes razões:
1) aumenta o volume de muco produzido pelos brônquios;
2) causa irritação física e química das mucosas;
3) destrói os cílios que cobrem o revestimento interno dos brônquios;
4) facilita o acúmulo de material estranho às vias aéreas."

Drauzio Varella.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Eu e o suco de maracujá. Uma Estória deveras feliz.



Sou cheio de preocupações tolas e vazias, por exemplo:
Sempre ficar na dúvida se fechei ou não a torneira da pia do banheiro.
Ou também ficar desinquieto achando que deixei a porta da geladeira aberta.
Uma lâmpada acessa.
Não é nem senso de economia. É apenas chatice, muitos dizem ser perfeccionismo, mas me vejo longe disso.
O que importa é:
Isso é capaz de me roubar noites inteirinhas de sono.
E... Repetição insignificante! Você já leu isso em algum outro lugar antes, não é?

Ontem me encontrava com uma vontade danada de beber, vocês sabem bem o que, beber e apagar, tem sido um ótimo sonífero pra mim.
Deve ser esse clima frio, chuvoso e cinzento, ajudou a me afundar um pouco mais no poço da minha insignificância quanto ao mundo e é lógico que isso acaba fazendo um mal danado. Somos tão pequenos, né?
Esse clima, além da ausência constante acabou me deixando um pouco mais negativo que o convencional. E é assim, se está cinza, que fique logo preto de uma vez.

Tive notícias de uma pessoa ontem, notícias que eu queria há muitoooo tempo mesmo, mas isso ao invés de me tranqüilizar me deixou com mais raiva. E então, mesmo que fosse um pouco tarde já, me decidi por saciar minha vontade.
Preparei o suco de maracujá! E não é que acalma mesmo? Bebi e fui deitar.
Tive alguns sonhos estranhos. Acho que tomava um caldo verde(Ou seria chá verde?) e depois tinha ido à uma loja comprar um all star verde. Bom, talvez depois escreva algo dedicado
somente aos sonhos. Mas não hoje.

Acabei ficando em dúvida também se havia deixado o suco pra fora da geladeira, e isso me deixou preocupado. Pois é, preocupações tolas e vazias, ou talvez eu pense realmente no prejuízo, meus centavos perdidos.


Eu me preocupo com tantas coisas, e mesmo não parecendo... Até com a vontade das pessoas. As pessoas que realmente importam.
Fora isso, me preocupo com palavras, torneiras abertas, lâmpadas acesas e sucos de maracujá.

Ah, não posso esquecer da minha preocupação com o amor. Sim, o amor! O amor idealizado.
Da próxima escrevo sobre ele.

Mande suas notícias de Marte, eu estarei aqui esperando, bebendo meu suco de maracujá. Afinal, sempre é tempo pra um bom suco, não? Não importa se seja inverno ou verão.
Espero ainda ter a oportunidade de voltar à beber um com você.

Espero também não estar entrando já em estado de putrefação quando você voltar, vê se não demora. O tempo é outro, e as esperanças ficaram dentro do quarto.*


*Citação à uma banda desconhecida dos anos 80. Banda: Hojerizah/Música: Roma.


PS.: Bendita e maldita ficção, me faz até fingir que estou feliz.